21 de fevereiro de 2018

Querido diário, eu passo minha vida procurando por sinais. Sempre acho que eles vão ajudar a entender os mistérios da vida. E hoje, quando desci do carro atrasada, enquanto meu marido foi procurar uma vaga para estacionar, parei na esquina para poder atravessar a rua e um raio de sol bateu no meu rosto. Só pode ser um sinal, pensei.

Fizemos o primeiro ultrassom com um resultado ruim, mas esperado: tenho 4 folículos. Poderia ser pior, segundo o médico. “3 seria péssimo”, diz ele. Ó-ti-mo. Vamos nos contentar com 4 então.

Para estimular a resposta dos meus ovários, que costuma ser fraca, ele me receita um comprimido a cada 12 horas, além, é claro, das injeções de hormônios que já tomei nas outras duas FIVs.

Depois de um dia intenso de trabalho, eu e marido recordamos o passo a passo para a injeção: quebra o vidro do líquido que dilui, suga com uma seringa, aplica no pozinho que fica em outro pote, suga novamente e troca a agulha por uma mais fininha na hora de aplicar.

Não sei se é porque estou acostumada a me aplicar injeções todos os dias por causa da trombofilia, mas o fato é que não doeu. Para prevenir a dor da picada, fiz como faço todos os dias e passei uma pomadinha anestésica antes. Também tomei um banho antes para relaxar e pinguei no banheiro umas gotinhas de óleo essencial relaxante. Tudo para contribuir com meu estado de espírito, que está razoavelmente bom nesse processo.

Agora é torcer para o meu organismo responder bem e esses folículos crescerem até segunda-feira, quando voltamos lá para um novo ultrassom.

 

*Esse texto já foi ao ar durante minha FIV, mas resolvi repetir porque ele dá sequência aos episódios semanais do Diário da Minha Não-Gravidez.

**Se você tem acompanhado o Cadê vai notar que esse post está bem atrasado e que já tive meu positivo <3. Mas achei válido dividir o episódio do diário de hoje porque você pode estar vivendo esse momento e se identificar com alguém que passa pela mesma dor sempre alivia o fardo. Mas se quiser acompanhar a história toda no diáro, com começo, meio e fim, clique aqui.

Ah, e se tiver uma história para me contar, me procure na página do Cadê no Facebook, clicando aqui.


Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *