É tão importante sonhar e realizar, né? Essa semana, estava lendo uma pesquisa sobre o novo comportamento das mulheres de 50, 60 e 70 anos. Superinteressante e joga uma nova luz sobre o que podemos esperar daqui pra frente. Sorte que não “precisamos” mais ficar sentadinhas na cadeira de balanço fazendo crochê. Mas tudo isso para contar que me deparei com a história da bailarina italiana Alessandra Ferri, de 55 anos. Fiquei encantada!
Ela deve ter enfrentado suas batalhas para sobreviver em um mundo que dita o fim precoce da carreira (assim como o da moda, por exemplo), tanto que se aposentou em 2007, aos 44 anos, mas a paixão falou mais forte e ela voltou em 2013. O que motivou seu retorno foi a competição Città di Spoleto, onde se apresentou com a coreografia The Piano Upstairs. É essa coisa linda aqui:
Desde então, Alessandra já se apresentou no Signature Theatre, com Cheri, no Gotham Chamber Opera, com The Raven, e também com o Royal Ballet. Tem muitos vídeos dela disponíveis na internet, mas eu fiquei especialmente maravilhada com esse, no canal da Vanity Fair, que foi produzido pelo fotógrafo e cineasta Steven Sebring em quatro dimensões:
Uma reportagem do jornal The Telegraph (leia o original aqui) descreve o fenômeno da bailarina de 55 anos: “Talento extraordinário combinado a sorte – ‘você pode se machucar aos 25 anos e ver sua carreira acabar’, ela diz – uma determinação férrea e, acima de tudo, uma habilidade dramática a mantiveram nos palcos por tanto tempo.
Sobre a idade, Alessandra disse ao jornal: “Claro que a beleza da juventude é impressionante e maravilhosa, mas aí você descobre que há beleza na vida, em ser um ser humano, em apenas seguir a alegria”. É isso. O “segredo” para uma carreira tão longeva é persistir e não desistir dos sonhos. E disso nós entendemos, né, meninas?
Eu mesma (como já contei aqui) resolvi sonhar de novo e realizar minha frustração de infância de fazer balé clássico. Comecei minhas aulas há cerca de um ano, a partir do zero. Não interrompi nem durante a gestação, apesar de ter optado por aulas particulares para que os alongamentos – que me aliviam tanto as dores na lombar – sejam mais caprichados e os movimentos de impacto, assim como os que pressionam o abdômen, sejam reduzidos a quase nada.
Se você nunca experimentou, recomendo. E se a disciplina do balé está longe de ser sua praia, não é motivo para não tentar: tem tanta opção de dança por aí… jazz, sapateado, dança do ventre (amo!), zumba… dançar é um momento que a gente tem só para se cuidar, se amar e se concentrar no momento presente. Em resumo, é um ótimo jeito de desligar dos problemas do dia a dia. Eu recomendo muito!
Foto: Reprodução/YouTube
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