Como eu já falei aqui nada me faz mais desencanar dos problemas que uma boa viagem. E eu passei esse último feriado em Natal, Rio Grande do Norte, com ninguém menos que meu marido e meus quatro melhores amigos de faculdade. A ideia era comemorar nossos 15 anos de formatura e a viagem estava programada há pelo menos seis meses, então deu pra gente juntar o dinheiro aos poucos, fazer a reserva da pousada com calma e até parcelar em três vezes.
Como essa era uma viagem especial, contratamos um guia exclusivo para nos acompanhar nos passeios mais incríveis e não perder o melhor de Natal, Rio Grande do Norte. Falamos para ele que além do “básico”, sempre indicado para os turistas – Praia da Pipa (acima) e Dunas de Genipabu – queríamos conhecer praias mais distantes e tranquilas, paraísos pouco explorados, sabe? E adoramos o resultado! O Paulo “Santoro” (para entrar em contato com ele clique aqui) indicou as praias de Galinhos e a Lagoa do Carcará, transparente e de água doce, além do mergulho e passeio de quadriciclo em Maracajaú, que nós amamos! Dá uma olhadinha:
Tem muita história pra contar, mas vou resumir: Carcará fica a pouco mais de uma hora de Natal – pegamos uma Dobló só pra gente e até a estrada ficava divertida! E o Santoro ainda tem um repertório de literatura de cordel e ia narrando sempre que a gente pedia. Chegando lá, deixamos as coisas em uma mesa sob o guarda-sol e os únicos “problemas” que sobram para resolver são: camarão ou carne de sol? Volto para a água quentinha, doce e transparente ou tomo mais um sol? Faço stand up paddle ou passeio de pedalinho? Como é dura a vida do turista!
Galinhos, uma história de amor
Já Galinhos fica mais distante: foram mais de duas horas para chegar em Galos e lá ainda pegamos um barco… mas valeu cada quilômetro percorrido.
Chegamos à salina de Galos, com paisagens impressionantes: montanhas de sal branquinho em meio às dunas, com os equipamentos de energia eólica que parecem coisa de filme de ficção científica. Nos divertimos boiando em um mar tão salgado que lembra o Mar Morto – você não afunda nem se quiser! – e andando de bugue pelas dunas. Ao final, ainda pegamos um taxi-jegue (que nada mais é que uma carrocinha) até Galinhos, uma das praias mais lindas que vi na vida pelo mar calmo verde-claro, que forma piscinas naturais e quase não tem ondas, além de ser quentinho. O almoço ali em Galos foi barato: R$35 um buffet à vontade com carnes, peixes, massas, saladas e uma cocada incrível de sobremesa.
No dia seguinte faríamos um dos passeios mais esperados desta viagem para Natal, Rio Grande do Norte: Maracajaú. A gente tinha até levado o snorkel (na Centauro, R$110, fica a dica). Valeu a pena: essa foto não tem Photoshop nem filtro, gente!
Cerca de uma hora de mergulho depois – que até quem nunca tinha mergulhado e não sabia nadar se arriscou, tamanha a beleza do lugar – voltamos à terra firme para petiscar e pegar o quadriciclo.
O passeio é uma pequena aventura: acomoda duas pessoas e mesmo quem não tem carteira de motorista pode pilotar. Aí a gente chega em uma das paradas mais impressionantes da viagem! Era a Lagoa Piracabu, que tem essas redes assim, no meio da água…
De volta a Maracajaú, almoçamos: um combinado de frutos do mar não saía mais que R$120 por casal. Dali, partimos para as famosas dunas de Genipabu. Pegamos o passeio de buggy (no máximo 3 pessoas, saía cerca de R$200 o carro com motorista) com emoção. E não é modo de dizer… Tanto que não tive coragem de soltar da barra de segurança para pegar o celular e fotografar. E até isso foi perfeito: chegamos lá bem na hora de um pôr-do-sol maravilhoso!
Praia da Pipa, a 80 km de Natal, Rio Grande do Norte
No último dia, visitamos a famosa Praia da Pipa, que fica a 80 km de Natal, Rio Grande do Norte. Para quem conhece Búzios, no Rio de Janeiro, essa é uma boa referência. Pense em um vilarejo charmoso, com ruas de paralelepípedo, muitas pousadas e restaurantes. Nós passamos o dia no Pipa’s Restaurant e lá tomei a água de coco mais gostosa da viagem.
Pegamos uma lancha com capacidade para 18 pessoas para a praia dos golfinhos. Ali, vimos alguns fofinhos nadando, do nosso lado, e descemos para um mergulho em alto-mar. Quem costuma enjoar no barco pode levar um remedinho, porque pula bastante. Aliás, em Maracajaú também. Mas voltando… quando termina o passeio de lancha, chegamos às piscinas naturais, formadas quando a maré está baixa. Sei que estou ficando repetitiva, mas novamente é uma delícia curtir o rasinho, sem ondas, de águas cristalinas e quentinhas. Mas, dessa vez, rodeadas por lindíssimas falésias avermelhadas. Olha o visual aqui em cima.
Para encerrar o dia, fizemos outro passeio de quadriciclo (R$180 no total) por cima das falésias, com uma vista… Sinceramente não encontro palavra mais adequada para descrever que perfeição.
Foram dias de sol, amizade, aventuras, amor e muita felicidade. Aproveito esse finalzinho para dividir com você a pousada em que ficamos: foi a Manga Rosa, na Praia de Ponta Negra, de frente para o mar. Uma delícia, com tapioca fresquinha no café-da-manhã e sucos de frutas típicas além de um atendimento supergentil. A vantagem de ficar ali é estar bem perto dos principais bares e restaurantes de Natal, Rio Grande do Norte. É o caso do Old Five e do Decky, que adoramos, porque tinha uma banda de rock incrível.
Além disso, fica perto do shopping de artesanato da cidade e da Casa do Careca Food Park, um parque ao ar livre com food trucks para todos os gostos (o crepe de carne seca com queijo estava incrível!), a preços bem acessíveis (come-se bem por R$30) e com música ao vivo. Na noite em que fomos, o repertório de Moraes Moreira e Elba Ramalho estava perfeito para fechar essa experiência inesquecível.
Fotos: Acervo pessoal
Cleverson 9 de novembro de 2017
Amei! A viagem e o texto! 🙂