“A vida não terá o menor sentido se eu não conseguir constituir uma família completa. Nunca consegui pensar em outra possibilidade. Seria muita tristeza. Comecei a namorar meu marido há doze anos e nos casamos há sete. Faz cinco anos que estamos nesta batalha e eu já passei por dois médicos de reprodução assistida. O primeiro me pediu os exames para me dar o diagnóstico e o segundo foi quem escolhi para realizar o tratamento. Estou com ele até hoje.
Cheguei a engravidar depois de uma inseminação, mas um dia fui fazer o ultrassom e detectaram que a gestação não estava evoluindo. Fiquei totalmente arrasada. Acabei procurando tratamentos alternativos, como acupuntura e reiki, mas, quer saber? Eles mais me irritaram que ajudaram.
Depois de muito investigar, descobri que os espermatozoides do meu marido sofrem alterações morfológicas. Desde então, passei por quatro fertilizações in vitro. Durante os tratamentos, eu fico muito animada e esperançosa. Nem me importo com os milhões de exames e injeções… Tanto que continuarei tentando até conseguir. Hoje estou com 3 embriões congelados e estou fazendo preparo endometrial para transferi-los, na minha quinta FIV.
Atualmente, não tenho a menor vontade de partir para a adoção. Inclusive, me irrita demais quando uma pessoa fala: ‘olha, tem tanta criança precisando ser adotada’. Eu estou tentando engravidar, poxa!
Quando me sinto triste, às vezes choro, às vezes escrevo, tomo uma cervejinha… No final do ano passado, procurei tratamento psiquiátrico quando a tristeza fugiu do meu controle e hoje estou tomando antidepressivos.
Fico péssima no trabalho porque tenho três colegas que são mães e às vezes elas só falam sobre o que seus filhos fazem. O tempo todo. Esse tipo de situação tem sido um pesadelo pra mim, assim como chás de fraldas e festas infantis. Recentemente, resolvi me dar o direito de não ir. Enquanto isso, continuo sonhando com o meu final feliz: um casalzinho de gêmeos. Quem sabe?”.
Natália Perez, 36 anos
Ana Paula Honorato 7 de junho de 2017
Natalia,
Eu fiz dia FIVs, e não deram certo. Eu tenho as trompas abertas. Infelizmente o choque hormonal me desencadeou uma depressão horrível, estou em tratamento e há uma técnica chama Estimulação Magnética transcraniana que faz com que você consiga se livrar dos antidepressivos. Estou na fila da liberação para começar, pq meus médicos disseram que antidepressivos podem atrapalhar a fertilização! Beijos e boa sorte!!
July 11 de julho de 2017
Boa tarde a todas guerreiras. Tenho 37 anos e sou tambem quase-mãe, pois estou na mesma luta a mais de 10 anos.
Meus problemas começaram com fibromiosmas que ocupavam todo o utero causando infertilidade, operei em 2013 e tres mesmes depois começei o tratamento com injecções de homonas que nem lembro mais do nome, me enchi de esperanças pensando que seria desta vez, mas para minha desilusão não foi. Dai passei por todo tipo de exames possiveis e impossiveis, Ultras, Histerossalpingografias (2) Videohisteroscopia ( nem lembro quantas) e nada de nenem.
Assim em 2015 eu e meu esposo decidimos tentar no Brasil que dizem ser os melhores, consultas ,exames, injecções na barriga tudo certinho , alimentação controlada nada de alcool nem namorar podiamos meu esposo foi um lord pois apesar de ja ter dois filhos do 1ª casamento é um sonho para ele tambem ter mais filhos as vez parece que ele quer mais que eu.
Enfim até ai as coisas iam bem chegou o dia da transferencia meu coração parecia que ia explodir de tnto que batia. Uma frase que oDr. me falou e não me esqueço foi ” Juliana voce ja fex a sua parte direitinho eu tbem fiz a minha agora relaxe e deixa Deus fazer a dele.”
Assim fiz entreguei a Deus mas ansiosa para fazer o teste ver o positivo e esperar por meus dois anjinhos. Naquela semana tentei não pensar me distrair como se diz nada de ansiedade que atrapalha….. só que passou e passa por sabe que é impossivel não estar ansiosa não pensar não sonhar a todo tempo.
Resumindo chegou o dia de ir fazer o teste ” Eu como entreguei a Deus estava convicta que aquele seria o dia mais feliz de minha vida vi videos de como dar a noticia de gravidez para o meu marido pois quaria que fosse algo especial, hum,… meu mundo desabou perdi o chão quando vi o negativo naquele momento tudo parou não via mais nada nem ouvia ate me esqueci da minha morada como chego a casa? por onde vou para onde?
Cheguei a casa e só queria chorar meu marido se encontrava fora em serviço não tinha coragem de dar a noticia para ele me senti inutel, despresivel um nada mesmo nem pra dar um filho para ele eu sirvo pensei….
Contudo quero dizer minhas amigas e comnpanheiras de luta não desistam, a caminhada é longa, ardua, mas tenham fé cada vez que quiz desistir desanimar meu marido estava lá me dizendo mor não desistas vamos ate ao fim do mundo mas as nossas pknas vêm. Terei de fazer mais uma cirurgia a (miomas) só depois outra FIV que seja a ultima e da vontade de Deus. Sinceramente sou boa pra aconsselhar mas tbem estou cansada emocionalmente e sem deixar de falar financeiramente, nossa vida parou só pelo desejo de ter filhos a gente não faz mais nada todo dinheiro é para cirurgias e tratamentos carissimos, comprar divisas , passagem hospedagem ficar longe da famila e emprego não é facil mas vamos lá…
Deus no comando de nossas vidas….Beijinhos
Pri Portugal 12 de julho de 2017
oi, July, tudo bem? Eu espero que você se sinta acolhida pelo site, porque esse trajeto é realmente muito difícil de traçar e não desanimar é impossível às vezes. A ansiedade também insiste em bater à porta, né? Eu sinto essa montanha-russa de emoções a cada novo tratamento. O que eu te diria da minha experiência é: procure o seu diagnóstico antes de gastar mais dinheiro e emoções em FIVs. Para mim, descobrir o que eu tinha foi encontrar uma luz no fim do túnel. E quem descobriu foram uma endocrinologista e um imunologista, nenhum especialista em fertilidade sabia me dizer o que eu tinha e eu não me conformava. Quando descobri – de problema na tireoide a inflamação no endométrio, passando por incompatibilidade genética com meu marido – pude finalmente me tratar para depois definir como voltar a tentar: se naturalmente ou com novos tratamentos. Te desejo toda sorte e força do mundo. E conte com o Cadê?! Beijinho, Pri
Lu 25 de julho de 2017
Eu tbm me sinto triste demais. Meu marido tem um filho de 14 anos e estamos tentando a 4 anos; fiz milhares de exames e não tenho nada, mas passamos por uma clínica em Brasília que hoje em dia acreditamos que usou da nossa fragilidade e aceitamos de cara uma FIV pós 4 tentativas de coito programado. Fiz a indução hormonal, que não foi fácil, enjoo, dores, e ganho de peso, tive 14 óvulos maduros e 12 embriões. No dia D3 eram 12 e sem me consultar não congelaram e no D5 só sobraram 3. Não tive explicações das perdas e nem classificação embrionaria; Ai veio a pior parte, congelaram 1 e 2 tentaram implantar, mas o médico “especialista” reteve os 2 embriões no cateter e teve que recomeçar o procedimento, mas ai já era muito dificil dar certo. Não deu, tive um negativo e muito sangramento. esperei um mês para implantar o unico congelado, sendo que tive 12 para congelar. Não deu certo. Pelos menos dessa vez, achei que as coisas foram bem feitas. Não teve retenção e parecia que poderia ter uma chance. Não deu. NUnc a reclamei de nada, acreditando na médica, mas me senti usada quando não tive apoio da clinica e nem da médica. Meu marido queria processar. Eu queria uma explicação ou algum tipo de acolhimento, nenhum foi atendido. A médica não me deu notícias e nem me deu alta e demorei 5 meses para conseguir minhas ultras e meu prontuário, isso após ameaçar denuncia no CFM. Gastei quase 30 mil reais. Hoje estou com outro médico, ele não afirmou com todas as letras, mas deu a entender que não “concordava” sobre a conduta da médica e da clínica. Não decidi o que fazer. Estou muito triste ainda, abalou demais meu casamento, minha auto estima.
Pri Portugal 26 de julho de 2017
Oi, Lu, entendo perfeitamente e espero de coração que o site seja o espaço de acolhimento que você precisa, porque somos muitas e, se unidas, fica mais fácil passar por todo esse processo. Você já tentou investigar outras áreas, com um imunologista e uma endocrino, por exemplo? Pode ser que o seu problema (como o meu!) venha daí. Enquanto isso, inspire-se nos depoimentos aqui do Cadê Meu Neném? e visite nossa página no Facebook, onde podemos conversar inbox se você preferir: Facebook.com/cadeomeunenem. Beijinho e fique bem.